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A 'Messimania' que domina sede de abertura do Mundial e faz Inter Miami valer mais de R$ 6 bilhões 43r38

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Companheiro de Messi no Inter Miami, Leo Afonso destaca impacto do astro na MLS: 'Em todo lugar tem torcedor com a camisa dele' (0:42)

Leo Afonso, brasileiro do Inter Miami, falou em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br (0:42)

Casa lotada. Sorrisos de sobra. Choro, só de emoção. Era 16 de julho de 2023 e um evento mudaria os rumos de Miami no esporte. Exagero? Só pensar que, dois anos depois, este mesmo clube, até então conhecido apenas como "o time do Beckham", vai abrir o novo e turbinado Mundial de Clubes neste sábado (14), às 21h (de Brasília).

Há quase dois anos, Lionel Messi deixou Paris para ser a grande estrela do Inter Miami, que venceu até a concorrência do Barcelona para ter o astro argentino. Foi o primeiro o de um projeto de internacionalização de marca, às custas do craque e que rendeu muito dentro e fora de campo.

Desde que o camisa 10 pisou na Flórida, o "time de Beckham" mudou de patamar esportivo e financeiro. Nos campos, venceu a Copa das Ligas, em 2023, e a ers' Shield de 2024, título simbólico dado ao melhor time da temporada regular, mas que serviu para ganhar a vaga destinada ao país-sede no Mundial de Clubes – a presença de Messi, claro, contribuiu para essa "escolha".

Nos bastidores, o efeito Messi foi ainda maior. Em 2022, no último ano sem o argentino no elenco, o Inter Miami anunciou um faturamento de US$ 60 milhões. Tal receita saltou em dois anos para incríveis US$ 200 milhões, o equivalente a pouco mais de R$ 1 bilhão na cotação atual.

A arrecadação turbinada é facilmente explicável por novos acordos de patrocínios, vendas de ingressos e produtos licenciados. Todos, claro, com a figura de Messi, que também ajudou o Inter Miami a aumentar seu valor de mercado. De acordo com a revista "Forbes", a franquia da Flórida é a segunda mais valiosa da MLS, no valor de US$ 1,2 bilhão (R$ 6,65 bilhões), atrás apenas do LAFC, que também está no Mundial e vai enfrentar o Flamengo.

Mas não é apenas o clube que mudou desde a chegada de Messi. A presença do astro nos Estados Unidos fez até a AFA (Associação de Futebol da Argentina), seis meses depois, abrir uma sede em Miami. Uma maneira de ficar mais perto do grande astro do país e capitão na conquista da Copa do Mundo de 2022.

A cidade também se rendeu ao camisa 10. Apesar de arredia a esportes que não sejam popularmente difundidos nos Estados Unidos, Miami tem referências a Messi a toda esquina, desde murais a anúncios de propaganda, algo que se expande para outros municípios

"Quem não quer ver o Messi jogar? O futebol cresceu muito nos Estados Unidos nesses últimos dois anos. Toda vez que a gente viaja tem torcedor com a camisa do Messi esperando no hotel. Ele trouxe uma atenção para o futebol que aqui não tinha tanto", disse Leo Afonso, brasileiro que atua no Inter Miami, em entrevista à ESPN.

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Companheiro de Messi no Inter Miami, Leo Afonso destaca impacto do astro na MLS: 'Em todo lugar tem torcedor com a camisa dele'

Leo Afonso, brasileiro do Inter Miami, falou em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br

Nem mesmo outros astros que aram pela MLS, como Thierry Henry, Andrea Pirlo ou Kaká, tiveram um fenômeno semelhante. Talvez Beckham, que abriu as portas do país em 2007, ao sair do Real Madrid para jogar no Los Angeles Galaxy. Para Leo Afonso, porém, não há disputa.

“Aqui na MLS nunca teve um jogador que tenha causado tanto impacto como ele".

Sentindo-se em casa, o craque ganhou até título pela seleção no Hard Rock Stadium, palco da final da Copa América contra a Colômbia, em 2024. Agora, tem a chance de abrir mais as fronteiras e colocar o Miami o mais longe possível no Mundial de Clubes. No mesmo estádio, a equipe enfrenta o Al Ahly, do Egito, na abertura do grupo que ainda tem Palmeiras e Porto.

Dá para sonhar com mais? Quem tem Messi, pode tudo.