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Luís Araújo 180d

Título dos Bucks, recorde negativo, nova estrela em ascensão: o que rolou e no que ficar de olho na NBA b2i32

Depois de tanta atenção dada à Copa NBA nas últimas semanas, não tinha como o capítulo final da competição ser desprezado por aqui. A conquista do Milwaukee Bucks em Las Vegas, portanto, é assunto obrigatório, mas também não daria para ficar só nisso. Tem muito mais história no melhor basquete do mundo que merecem os olhares do fã de esportes. 6i2y6v

A história da última semana 6s3j6a

No jogo em que ele e seus companheiros garantiram a vaga na decisão da Copa NBA, Shai Gilgeous-Alexander ressaltou o quanto a defesa é um fator determinante para qualquer aspiração do Oklahoma City Thunder. Chegou a dizer que enquanto as coisas funcionarem sob esse aspecto, a equipe sempre estaria em boa condição.

Não dá para reclamar do que a defesa do Thunder fez na partida que valia o título em Las Vegas. O time que força 19,1 desperdícios de posse de bola ao longo da temporada, mais do que qualquer outro da NBA, fez com que o Milwaukee Bucks cometesse exatamente 19 desperdícios neste confronto.

Tem mais: o aproveitamento do rival nos arremessos foi de 42%. Ligeiramente menor do que os 42,6% que a defesa do Thunder tem de média no campeonato e que o coloca como a número 1 do ranking da NBA nesta categoria.

Acontece que nada disso foi o bastante. Em parte porque esses 19 desperdícios ofensivos dos Bucks acabaram gerando apenas 11 pontos, o que mostra um bom trabalho dos Bucks em conter o impacto dos contra-ataques de Shai e companhia. Mas o maior fantasma do Thunder foram as bolas de três pontos: somente cinco acertos em 32 tentativas, o que significa um aproveitamento de 15,6%.

Doc Rivers, técnico dos Bucks, revelou que seus jogadores ficaram bem incomodados antes da final, pois falava-se muito apenas da defesa do Thunder, e que isso acabou os enchendo de motivação. Pode até ser, mas ninguém consegue feitos tão expressivos no basquete apenas com vontade. Tem mais coisas envolvidas.

Algumas destas 32 bolas de longa distância até foram dadas com algum espaço pelos jogadores do Thunder. Então dá para colocar um pouco na conta da sorte. Mas deu para ver também um ótimo trabalho dos Bucks na marcação do perímetro, principalmente evitando que Shai abrisse buracos, atraísse ajuda e soltasse os es.

Foi um negócio tão bem feito que um desavisado poderia facilmente acreditar que os Bucks têm uma das melhores defesas da NBA na atualidade. Não é verdade. Os 112,1 pontos sofridos a cada 100 posses de bola rendem o 12º lugar no ranking de eficiência defensiva da liga.

Para ser justo, essa posição no ranking de defesas não é tão ruim. Não faz tanto tempo assim que já foi muito pior. E o desempenho em Las Vegas, ainda que não conte oficialmente para as estatísticas da temporada, deixa sinais extremamente animadores para os próximos meses.

Olha o que ele não fez q3a60

144 a 93. Foi esse o placar final do jogo em que o Memphis Grizzlies eou sobre o Golden State Warriors. A derrota por 51 pontos de diferença foi especialmente doída para Draymond Green, tão dominado pelos oponentes que praticamente não fez nada no jogo.

Ao longo de 19 minutos de participação em quadra, Green errou todos os quatro arremessos que tentou e não pontuou. Também não pegou rebote, não distribuiu assistência, não deu toco. O único item estatístico que ele registrou, além das quatro faltas e dos quatro desperdícios de posse de bola, foi uma roubada.

O saldo dos Warriors durante o tempo que Green jogou foi de -42 pontos. É a pior marca da história da NBA de alguém que tenha participado de 20 minutos ou menos de uma partida.

Perguntado sobre o ocorrido depois do confronto, Green não escondeu que também se impressionou com esse recorde negativo, mas disse que o mérito era todo da defesa dos Grizzlies. “Eles fizeram um bom trabalho, deem crédito a eles”, afirmou.

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Cade Cunningham teve 20 pontos, 18 assistências e 10 rebotes na vitória do Detroit Pistons sobre o Miami Heat na segunda-feira, na prorrogação, por 125 a 124.

O jogo em si foi uma loucura, cheio de reviravoltas na reta final. Os Pistons chegaram a ter 19 pontos de vantagem quando restavam oito minutos para o fim. O Heat ajustou a defesa, foi encostando aos poucos e conseguiu empatar com uma bola de três de Tyler Herro quando restavam apenas cinco segundos. Cunningham ainda teve a chance de dar um último arremesso, mas a bola não entrou.

Na prorrogação, foi o Heat que abriu e deu pinta de que tinha as coisas resolvidas. Mas ainda havia espaço para mais surpresas: os Pistons conseguiram retomar a dianteira graças a três bolas de longa distância de Tim Hardaway Jr. Todas essas três com assistência de Cunningham, que ainda foi o responsável pela cesta da vitória no fim, depois de uma bandeja em que partiu para cima de Terry Rozier e finalizou antes de Bam Adebayo chegar para fazer a cobertura.

As idas e vindas no placar e essa pontaria calibrada de Hardaway Jr no fim fizeram da partida um prato cheio em termos de entretenimento. Mas ela ficou marcada também por ter sido um recital de Cunningham, claro.

As 18 assistências foram um novo recorde pessoal do armador. Superando a marca anterior, de 15, que tinha sido registrada na semana anterior, em um jogo contra o New York Knicks.

A produção de pontos e es dele nesta vitória sobre o Heat mostra um pouco de tudo. Foram muitas ações no "pick and roll", seja finalizando ou distribuindo a bola para companheiros que apareciam livres, mas também não teve problemas em chutar de longe quando a defesa oferecia espaços no perímetro depois dos bloqueios que recebia. Mas não foi só isso. Cunningham também foi acionado algumas vezes em movimento durante o ataque e chegou até a trabalhar de costas para a cesta.

O triplo-duplo diante do Heat foi o sexto de Cunningham nesta temporada. Até o momento, só outros dois jogadores fizeram pelo menos cinco: Nikola Jokic e LeBron James. Não tem como negar que ele está em ótima companhia.

Os 24,0 pontos, 7,1 rebotes, 9,7 assistências e 1,0 toco por jogo são os melhores números dele na carreira até agora em cada um destes fundamentos. Também são recordes pessoais o aproveitamento de 38,5% nas bolas de três e o índice de 52% em eficiência nos arremessos.

Mais importante que isso tudo: os Pistons estão vencendo. Pode não parecer tanto assim, já que a campanha está abaixo dos 50%. Mas para quem foi o lanterna geral e emplacou a maior sequência de derrotas da história da NBA na temporada ada, ganhar partidas ao ponto de aparecer na zona de play-in na Conferência Leste é um bom avanço.

Não faz muito tempo que JB Bickerstaff, técnico que assumiu os Pistons nesta temporada, falou o seguinte sobre Cunningham: "Ele é um desses caras que as pessoas conversam sobre construir um time ao redor dele. Não tem muita gente assim na liga. E não é só sobre basquete. O que mais tem me impressionado é o aspecto dele como pessoa. A forma como ele carrega seus colegas de time. Ele escolhe liderar, e esse tipo de coisa se destaca para mim."

É um depoimento que só aumenta as expectativas em cima do que Cunningham pode continuar fazendo. Pode até ser que os Pistons acabem não conseguindo chegar ao play-in. Mas o simples fato de estarem alimentando essa possibilidade já muda bastante o ambiente em torno do armador em relação ao que ele tinha nos primeiros três anos de carreira.

Abre aspas 4b206d

"Meu biotipo e o meu estilo de jogo são como Steph Curry. Eu tento fazer meu perfil de arremessos ser o mais idêntico possível ao dele. Steph arremessa bastante de três, obviamente, e o resto das finalizações são bandejas ao redor do aro ou lances livres. É com esse tipo de coisa que estou tentando me assemelhar."

A declaração é de Tyler Herro, armador do Miami Heat, que tem sido o principal definidor de jogadas e o cestinha do time nesta temporada, com média de 24,2 pontos por jogo.

E não tem nada de errado com o que ele falou. Naturalmente, deve ter tido quem o viu falando isso se indignando por ter entendido se tratar de uma comparação. Não é o caso. Trata-se de um jogador ainda jovem que tem buscado usar como modelo um gênio como Curry. Quem mal há nisso? Qual o problema em pegar uma referência da profissão e tentar chegar o mais perto possível dela? Nenhum. Muito pelo contrário.

O interessante a partir do que disse Herro é observar o perfil de arremessos dele e analisar o quanto ele se aproxima do comportamento de Curry nesse sentido.

Começando pelas bolas de três pontos: elas representam 61,9% de todas as finalizações de Curry na temporada até agora. No caso de Herro, esse número é de 56,4%. Os aproveitamentos dos dois nestes arremessos são muito parelhos: 41,1% para o armador dos Warriors, 40,6% para o armador do Heat.

Na linha do que Herro chegou a indicar em seu comentário, as bolas de média distância não chegam a ser um fator tão relevante. Curry arrisca desta zona em apenas 11% das vezes. A frequência de Herro nisso é ainda menor: 7,5%.

Com relação à situação em que os dois constroem seus arremessos, também há semelhanças: ambos finalizam mais em lances em que têm a bola nas mãos (45% das vezes para Curry, 37,4% para Herro), mas não são raros os "catch and shoot" -- quando um jogador chuta logo depois de receber um e de um companheiro. Finalizações do tipo representam 27% do total de Curry e 29,7% de Herro, o que ajuda a mostrar como eles também são usados de outra maneira: sem a bola nas mãos em um primeiro momento, sendo acionados depois de se movimentarem e aparecerem com espaço.

E ao se olhar o desempenho deles nestas bolas de "catch and shoot", mais uma vez constata-se uma semelhança absurda: 43% de aproveitamento para Curry, 42,3% para Herro.

Uma diferença um pouco maior que os números mostram no perfil de arremessos dos dois é na frequência de finalizações sem marcação por perto -- o que o site oficial de estatísticas da NBA classifica como "livres" ou "muito livres", baseado na distância do defensor mais próximo no ato da finalização. Curry arremessa quase 62% das vezes assim, enquanto o número de Herro nessa categoria é de 55%.

Aí, quando se pegam os chutes "apertados", que são aqueles em que há pelo menos um marcador bem perto na hora da finalização, naturalmente Herro tem uma frequência maior: 39,2% contra 32,3% de Curry. Chega a ser impressionante notar que, nestas bolas, o desempenho do cestinha do Heat é consideravelmente superior. São 49,7% de aproveitamento nesta situação, ao o que o índice de Curry é de 39,3%.

Nada disso significa que são dois jogadores mais ou menos no mesmo nível. Vale mais uma vez observar que Herro não falou nada perto disso, também. Até porque os arremessos são apenas uma parte do jogo, há vários outros fatores envolvidos. Mas dá para dizer, pelo menos, que o jovem do Heat tem feito um bom trabalho na tentativa de se espelhar em um dos grandes finalizadores da história da NBA.

Uma estatística 3w16f

Orlando Magic tem quatro jogadores com média de 10 pontos ou mais por jogo nesta temporada até agora: Paolo Banchero, Franz Wagner, Jalen Suggs e Moritz Wagner. Todos, neste momento, são desfalques por lesão.

Os dois primeiros já estavam fora havia um tempo. Foi até assunto por aqui o quanto a situação forçava Suggs a assumir um comportamento muito mais agressivo no ataque, o que poderia levá-lo a desenvolver algumas ferramentas em seu jogo. Só que aí veio uma lesão no tornozelo que o tirou de combate. A perspectiva é de que ele volte nos próximos dias, mas o fato é que o time precisou se virar também sem ele.

Suggs não ficou à disposição contra o Miami Heat, duelo em que Moritz Wagner saiu do banco de reservas e atuou por apenas um minuto e meio. Foi o tempo que teve antes de sofrer uma lesão no joelho que deverá tirá-lo de todo o restante da temporada.

O Magic venceu graças a uma corrida impressionante de 37 a 8 no último quarto. Foi, na verdade, mais um espetáculo do grande trunfo desta equipe nos últimos meses: a defesa, a terceira mais eficiente do campeonato até agora, atrás apenas de Oklahoma City Thunder e Houston Rockets.

Mas como o gancho por aqui foi o tanto de desfalque que vem tirando de combate as principais armas ofensivas do Magic, vale observar como se deu a produção ofensiva neste cenário diante do Heat. Quem puxou a pontuação foi o armador Cole Anthony, que saiu do banco para anotar 35 pontos em 25 finalizações. Além disso, distribuiu nove assistências.

Será que agora ele vai virar titular para preencher essa lacuna de protagonista ofensivo? Não dá para cravar. Tem sido difícil imaginar qualquer coisa em torno deste Magic. O fato de um time tão desfalcado continuar arrancando vitórias neste ritmo é uma das melhores histórias da temporada até agora.

Será que é para valer? 554ki

Depois de um começo ruim de temporada, que acendeu os sinais de alerta em torno de Tyrese Haliburton e companhia, o Indiana Pacers emplacou cinco vitórias nos últimos seis jogos.

Tudo bem que a única derrota neste período foi para o Charlotte Hornets, uma das piores equipes da atualidade. Mas, ainda assim, é uma boa série de resultados e que tem rendido uma subida importante na tabela de classificação da Conferência Leste.

Em meio a esse esboço de boa fase, Halliburton também tem dado sinais de que recuperação. O próprio armador chegou a dar declarações no começo da temporada sobre o quanto estava frustrado com o que vinha rendendo. Mas nos últimos jogos, tem se aproximado do “all-star” que foi na temporada ada. O aproveitamento em bolas de três está acima dos 40% nas últimas dez partidas.

O que vai ter na tela da ESPN 4v5r2m

Quarta-feira (25):

New York Knicks x San Antonio Spurs - 14h

Por que assistir: na visita que fez ao Madison Square Garden no ano de calouro, Victor Wembanyama não fez bonito. Fez só 14 pontos, errando dez dos 14 arremessos que tentou, e ainda ouviu a torcida local o chamá-lo de “supervalorizado”. Motivação para ele apagar a má impressão dessa estreia no ginásio mais tradicional do mundo não vai faltar.

Dallas Mavericks x Minnesota Timberwolves - 16h30

Por que assistir: é a reedição da final da Conferência Oeste da última temporada. Na verdade, não será o primeiro encontro dos dois times desde então. Logo no começo do campeonato, houve um confronto em Minneapolis com vitória dos Mavericks. Será que os Timberwolves conseguirão dar uma resposta e dar alguma pista de como superar seu grande algoz?

Boston Celtics x Philadelphia 76ers - 19h

Por que assistir: quando a NBA anunciou a rodada de Natal, obviamente havia uma expectativa grande para que este fosse um jogo entre duas forças do Leste. Afinal de contas, seria o atual campeão contra um adversário que se reforçou muito na “offseason” e prometia brigar nas cabeças. Mas os Sixers têm ado longe disso até agora, muito pela impossibilidade de usar suas três estrelas ao mesmo tempo. Há uma chance de Joel Embiid se juntar a Paul George e Tyrexe Maxey nesta partida. Se isso acontecer, será uma boa oportunidade de ver se ainda pode haver esperança para os Sixers.

Golden State Warriors x Los Angeles Lakers - 22h

Por que assistir: LeBron James de um lado, Steph Curry de outro. Só isso já seria um grande atrativo para o Natal. Do ponto de vista coletivo, porém, vale ficar de olho no que será o primeiro confronto direto na temporada entre duas equipes que vivem momento mais ou menos parecido: ambas brigam por uma das últimas vagas diretas aos playoffs no Oeste, andaram intercalando bons e maus momentos e têm movimentado os rumores sobre trocas.

Phoenix Suns x Denver Nuggets - 0h30

Por que assistir: depois de um bom começo de temporada, os Suns andaram acumulando derrotas, caíram na classificação do Oeste e hoje aparecem fora até mesmo da zona de play-in. Os Nuggets não estão exatamente voando, mas Nikola Jokic está, e qualquer oportunidade de vê-lo em ação é um prato cheio para quem gosta de basquete.

Sexta-feira (27):

● Phoenix Suns x Dallas Mavericks - 23h

Por que assistir: mais uma oportunidade de ver como os Suns, nesta busca por recuperação, se comportam diante de uma outra grande força do Oeste.

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